quinta-feira, 4 de setembro de 2008

SOMOS UM POVO ACOVARDADO?

 - Faz o quatro. Diego Hypólito!

     Roubei o mote de um amigo meu. E acrescentei prontamente: o que a queda de Diego Hypólito tem a ver com nossa queda para o roubo? Qual é o ponto em comum entre a poltronice de nossos atletas e a poltronice dos brasileiros em geral? Como o fracasso de nossos esportistas se relaciona com nosso fracasso como país?

     É o que analisarei a partir de agora, postado na frente do computador, com minha malha elástica dégradée, dando uma rápida pirueta antropológica, seguida por dois parafusos sociológicos e meia dúzia de cambalhotas etnológicas, com grande probabilidade de repetir o feito de Diego Hypólito e aterrissar bisonhamente com o traseiro no tablado.


"O Brasil fracassa no esporte pelo mesmo motivo por que fracassa como pais: temos uma sociedade acovardada, fujona, avessa à luta. Tudo aqui é feito para desestimular a disputa, para reprimir o desafio pessoal, para amolecer o caráter"


     - Faz o quatro. Diogo Mainardi!
     Quem leu a última VEJA pode tentar acompanhar meus volteios. A reportagem apresenta dois dados. O primeiro repete aquilo que já sabíamos: temos os estudantes mais analfabetos do planeta. Ninguém compete conosco em matéria de analfabetismo. Somos mais analfabetos do que todos os outros analfabetos. O segundo dado da reportagem e mais espantoso. Uma pesquisa encomendada por VEJA revelou que, ao mesmo tempo em que temos os estudantes mais analfabetos do planeta, estamos plenamente satisfeitos com isso. Alunos, pais e professores aprovam nossas escolas.

     Eu entendo os alunos. A escola, para mim, representou uma completa perda de tempo. As melhores escolas foram aquelas que menos me ensinaram, permitindo que eu pulasse o muro e fosse jogar pebolim no boteco da esquina. Tende-se a superestimar o valor da escola. Os estudantes sabem perfeitamente que, por mais que se empenhem, nada do que os professores lhes disserem terá utilidade prática. É natural que eles se contentem com uma escola que os desobriga de estudar.

     Entendo também os professores.Se a escola fosse menos imprestável, boa parte deles seria posta na rua. O que de fato impressiona é o entorpecimento dos pais. É neste ponto que reintroduzo o tema inicial do artigo: o fracasso de nossos atletas. E é neste ponto que Diego Hypólito e eu aterrissamos com o traseiro no tablado. O Brasil fracassa no esporte pelo mesmo motivo por que fracassa como país: temos uma sociedade acovardada, fujona, avessa à luta. Tudo aqui é feito para desestimular a disputa, para reprimir o desafio pessoal, para amolecer o caráter: o parasitismo estatal, a política fundada no escambo, a cultura baseada no conchavo, a repulsa por idéias discordantes. Esse nosso temperamento de rebanho inibe qualquer forma de atrito, qualquer tipo de inconformismo, qualquer espécie de enfrentamento. Quando temos de competir, afinamos. Por isso aprovamos uma escola que produz analfabetos. Por isso aprovamos governantes que roubam. A gente se satisfaz com facilidade: basta fazer o quatro. E nem é preciso conseguir colocar o dedo na ponta do nariz.

 

 
    Não concordo com o Diogo Mainardi ao fazer esse diagnóstico na Revista Veja sem conhecer as causas. Está falando como todos os fujões, acovardados, eleitores de bandidos, omitindo o estudo dos motivos pelos quais o país chegou a essa situação. Diego Hipólito estava na China. Você é capaz de avaliar o clima, o ambiente, a torcida, a poluição, a alimentação, as vibrações que podem ser introduzidas nas equipes de atletas por um governo que não respeita a liberdade, que quer exibir seu orgulho nacional e por isso tem que derrotar as outras equipes a qualquer custo?
Do mesmo modo, você é capaz de avaliar o que são 150 anos de mentiras feitas entrar na cabeça dos acostumados ao sistema escravo, convencendo-os de que o sistema de propriedade é o responsável pelos abusos de alguns proprietários? E isso tudo continua sendo feito em propaganda constante para fazer-nos cair nas garras de uma ditadura total, nazibolchevista como solução única à vista, onde o estado escravocrata vai resolver tudo por nós.
Hitler explicou no seu livro o valor da propaganda. As polícias secretas adquiriram técnicas terroristas, drogas e formas de convencer a todos de modo a não ser percebida a manipulação. Infiltram-se convictos dessa quadrilha em todos os partidos, desmonta-se a educação, instala-se um processo de jornalismo pago para mentir e deixar a todos com medo. E do outro lado acenam com mais necessidade de tomar dinheiro "dos ricos", dar bolsas-esmola para que votem na quadrilha, mais leis escravagistas em cascata, transferindo lenta e inexoravelmente a responsabilidade desse povo deseducado para um estado policial como única solução.
E temos esse quadro todo onde só falta você entender que essa irracionalidade terminou mal onde foi feita do mesmo modo. E aí você tem que fazer a pergunta: De onde vem essa decisão de destruir a espécie humana? A resposta é evidente: De algum poder inimigo da espécie humana. 
É preciso pensar muito para perceber?
DEPOIS DISSO BEM ENTENDIDO, PERGUNTE-SE: OMITIR-SE DO QUÊ? ENGAJAR-SE EM UM MOVIMENTO PARA FAZER O QUÊ?
QUERO LEMBRAR AOS LEITORES QUE TEMOS PROPOSTAS - CONHECER ANTES DE FALAR. SÓ CONHECER TRARÁ A LIBERTAÇÃO!  
 

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